Santa Catarina é apontada pelo IBGE como o sexto Estado com maior quantidade de jovens entre 10 a 17 anos no mercado de trabalho, com 160.140 trabalhadores. A pesquisa foi divulgada hoje, 12, no Fórum Nacional para a Erradicação do Trabalho Infantil, no Ministério da Justiça, em Brasília. Nacionalmente o trabalho infantil diminuiu 13,44% no país entre 2000 e 2010, o que atualmente significa 3.406.514 de jovens no mercado de trabalho.
Dos municípios de Santa Catarina, Joinville continua sendo a cidade com mais empregados entre 10 e 17 anos, com 9.400 trabalhadores nessa faixa etária, com um crescimento de 25% se comparado a 2000. A segunda posição fica com Blumenau, que apresentou crescimento de 29% desde 2000 e agora conta com 7.067 jovens trabalhando. Na terceira posição esta Chapecó com 5.500 jovens e aumento de 41% em relação ao censo de 2000 e em quarta posição a capital, Florianópolis, com 4.500 jovens entre 10 e 17 anos em postos de trabalho, aumento de 17% em relação a 2000.
Ainda sobre Santa Catarina, o Estado segue a tendência nacional com mais jovens masculinos nos empregos que as mulheres, com uma diferença de 23.858 trabalhadores (91.999 homens contra 68.141 mulheres). Os empregos se concentram nas cidades (111.475 postos), enquanto no meio rural as vagas são menos da metade (48.665). Quanto à faixa etária, o estudo aponta que no Estado 65.836 tem entre 10 e 15, enquanto 94.304 tem entre 16 e 17.
Jovens entre 10 e 13 anosAnalisando os dados por faixa etária, observamos que são quase 1,6 milhão entre 10 e 15 anos e 1,8 milhão que têm entre 16 a 17 anos, nesse caso o trabalho é autorizado, desde que não seja prejudicial à saúde, à segurança e à moralidade. Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os dados entre 10 e 13 anos aumentaram. "Entre 2000 e 2010 houve uma redução de 13,44% entre 10 e 17 anos. Mas, ao analisar as distintas faixas etárias, observa-se um aumento no grupo mais frágil: o trabalho infantil na faixa etária entre 10 e 13 anos voltou a subir em 1,56%. Foram registrados 10.946 casos de trabalho infantil a mais que em 2000. Isso é preocupante, já que essa faixa etária corresponde aos anos anteriores à conclusão do ensino fundamental e seu impacto sobre a aprendizagem, conclusão escolar, abandono escolar ou não ingresso no ensino médio é imediato", diz a organização.
Fonte: www.economiasc.com.br