18 de fev. de 2013

Especialistas explicam qual é o papel do estagiário no crescimento das empresas

Se o gestor consegue identificar competências e lapidá-las, a aproximação entre empresas e estudantes resulta ainda em descobertas de talentos. 
Mas é importante perceber que oferecer oportunidades de carreira fortalece o comprometimento do jovem. Se vê futuro, ele se dedica a se desenvolver na profissão segundo a cultura organizacional na qual está inserido.
— Os programas de estágio são uma troca. Ao mesmo tempo em que a empresa abre espaço para que o estudante se aperfeiçoe, ganha produtividade com as boas práticas que ele pode trazer —, avalia Lizandra Bastos, analista de treinamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), que tem um banco de dados com cerca de 
3 milhões de estudantes. 
A engenheira ambiental Luciana Aguiar é um desses talentos lapidados. Ela entrou no programa de estágio da Whirlpool em 2006 e hoje, aos 27 anos, é a engenheira coordenadora da área de meio ambiente da unidade em Joinville. 
— Minha última estagiária já foi efetivada. Agora, estou desenvolvendo as competências de outra estudante —, diz Luciana, que agora é uma gestora orientadora.
Colecionar experiências dos dois lados faz de Luciana uma gestora dedicada. Ela faz cursos de liderança e se preocupa em formar uma equipe que interage. Lembrar dos tempos de estágio ajuda a identificar pontos que podem ser desenvolvidos. 

— O comportamento do estudante ainda é o ponto mais delicado do processo de aprendizado. Muitos precisam compreender as responsabilidades que um emprego exige —, afirma Hellen.
— O estagiário é uma pessoa que está entrando no mercado crua. A empresa é que vai orientá-lo e desenvolvê-lo não só nas atividades específicas da carreira, mas também no modo como se portar no meio profissional —, explica Camila Leal, coordenadora de jovens profissionais da consultoria Across. 
Absorção do mercado
Como o estagiário está em processo de aprendizagem, é preciso tratá-lo de forma diferenciada. 

— Antes da atual Lei do Estágio, existia a cultura de colocar o estagiário em qualquer setor que precisasse de funcionário. A legislação exige que as atividades do estudante estejam de acordo com a matriz curricular do curso em que ele está matriculado —, explica Camila Leal, da Across.
As instituições de ensino são parceiras na colocação profissional dos estudantes e, além de se certificarem da carga horária — de até seis horas por dia — conferem se o perfil da vaga está compatível com as ementas do curso.
Nos dez escritórios da Martinelli Advocacia Empresarial no Brasil, as vagas são preenchidas com o apoio de instituições de ensino. 
A Martinelli ainda oferece dois tipos de vagas: para estudantes no início do curso e para os que estão no fim do curso, com chances de contratação como efetivo.
— No último ano, contratamos todos os estagiários que concluíram o curso. Temos consciência de que estamos formando profissionais para o mercado de trabalho. Mas também reconhecemos os talentos que desenvolvemos aqui dentro. Por isso, buscamos a valorização do trabalho que eles realizam —, afirma Rafael Dias, gerente de recursos humanos da Martinelli.
Escolha por competências
Camila Leal, coordenadora de jovens profissionais da Across, destaca que a escolha de um estagiário deve ser voltada para competências potenciais, pois ele não tem experiência. 

— É preciso ficar atento às características que demonstrem como ele vai se comportar na execução das tarefas da área de atuação. O estudante é um profissional multitarefa. Se a empresa o orienta da maneira correta, ganha mais produtividade —, acrescenta Lizandra Bastos, analista de treinamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube).
O supervisor regional do Centro Integrado Empresa-escola (Ciee), Luiz Carlos Uller, destaca que os programas de estágio devem ter foco na orientação. O gestor não pode transferir responsabilidades ao estagiário. 
O jovem deve ter uma autonomia limitada, respeitando a evolução de seu desempenho dentro da equipe, contratando objetivos com verbos de ação, como auxiliar, participar e ajudar.
— A culpa nunca é do estagiário. A culpa é da empresa que não soube orientá-lo e desenvolvê-lo da forma correta. Não soube conduzir os processos evolutivos que o estudante tem dentro daquele ambiente —, complementa Hellen Cristina Gomes.Inovação premiada
Premiar as melhores práticas é uma estratégia para incentivar empresas a desenvolverem novos talentos. Em 2007, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) criou o Prêmio IEL de Estágio para destacar os principais projetos do País. 

É a maior cerimônia do gênero no Brasil e recebe inscrições de empresas parceiras da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e federações estaduais vinculadas. Hoje, cerca de 100 mil empresas e 320 mil instituições de ensino estão aptas a participar do processo.
— Existe um processo de auditoria nos selecionados. Para reconhecer os melhores programas, é preciso ter certeza de que tudo está sendo desenvolvido com excelência. Desde as questões legais até a orientação acadêmica e profissional —, explica Hellen Cristina Gomes, analista de desenvolvimento industrial do IEL. 
As comissões avaliadoras acompanham a empresa concorrente para a avaliação. No Prêmio IEL, empresa, estagiário e universidade ganham o mérito. 
A empresa ganha troféu; o professor-orientador, medalha; e o estagiário, algum equipamento que o ajude nos estudos, como notebook. 
— As práticas-referência são as que promovem a inovação no ambiente empresarial, que não precisam ser, necessariamente, voltadas à área tecnológica. Deve ser algo que melhore os processos internos e que mostre que o estagiário pode agregar à empresa que o está desenvolvendo para o mercado —, diz.

Dicas para manter uma boa relação
- Entenda que ele está em um processo de aprendizado.
- Busque boas referências acadêmicas, como notas, projetos e iniciativas.
- Mantenha feedbacks constantes.
- Passe tarefas com graus de dificuldade que aumentem de acordo com o desempenho.
- Explique as atividades e o comportamento a serem seguidos.
- Não peça para que ele faça ações que não correspondem à área de estudo para a qual foi contratado.
- Aproveite e reconheça as boas ideias que ele pode trazer e dê espaço para o desenvolvimento de novas práticas.
Fonte: Diário Catarinense 

7 de fev. de 2013

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4 de fev. de 2013

Perdeu a carteira de trabalho? Veja o que fazer


O ano começou e a esperança de um novo emprego é uma das principais metas de muitos brasileiros. Mas para concorrer às vagas que o mercado oferece é preciso ter em mãos a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Para quem perdeu ou teve o documento furtado ou roubado é preciso seguir uma série de procedimentos. Além de pedir a segunda via da carteira, os trabalhadores devem se preocupar em recuperar os registros que constavam no antigo documento.

De acordo com a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), a primeira atitude a tomar é registrar o boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia, por se tratar de um documento.
O passo seguinte é solicitar novo documento à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego ou no Ponto de Atendimento ao Trabalhador mais próximo da residência. Serão necessários uma foto 3x4 recente, certidão de nascimento, casamento ou carteira de identidade, um documento que comprove o número da carteira de trabalho perdida, como o extrato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e o boletim de ocorrência.
Mas a nova carteira não terá as informações dos empregos anteriores, já que o documento virá em branco. Para comprovar os registros de experiências anteriores, novamente será necessário recorrer à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que consultará o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os bancos de dados vinculados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) reúnem as informações trabalhistas lançadas pelos empregadores de todo o Brasil a partir de 1976. O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) também fornece esse tipo de informação, pois o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) utiliza os dados para a concessão de aposentadorias e outros benefícios. 

O trabalhador pode aproveitar que está na superintendência do trabalho e, no momento da emissão da carteira, já pedir os dados dos empregos anteriores, desde que ele tenha a nova carteira em mãos, para que o órgão refaça os registros. O tempo de entrega do documento pode ser na mesma hora ou levar, em média, de 5 a 7 dias – vai depender da cidade/estado. O prazo de entrega é definido pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de cada localidade.
O número do novo documento será o mesmo do documento perdido, por isso a necessidade de levar um documento que comprove o número da carteira pedida, que pode ser por meio da rescisão de contrato, declaração da empresa em papel timbrado e número do CNPJ ou extrato do FGTS.

Caso as informações dos empregos anteriores não constem em nenhum desses sistemas citados, o trabalhador poderá procurar os departamentos de recursos humanos dos antigos empregadores e pedir o repasse das informações na nova carteira. Nessa declaração, devem conter todos os dados (nome, CPF, RG, número do PIS e número da antiga carteira), além do período em que trabalhou na empresa e o valor do último salário. Em caso de a empresa negar passar os dados para o ex-empregado, é possível entrar com ação trabalhista contra o antigo empregador.

No entanto, se a empresa encerrou as atividades, o trabalhador deve procurar a Junta Comercial da sua cidade para obter o nome e o endereço do responsável pela massa falida. É ele quem poderá fornecer cópia dos documentos que comprovem o exercício da atividade.

Ao pedir a segunda via do documento, o trabalhador receberá a carteira nova, plastificada e mais resistente, modelo padrão adotado para todos os brasileiros desde 2008. A nova CTPS é emitida por meio de um sistema informatizado, que integra nacionalmente os dados de todos os trabalhadores do Brasil. Mais resistente que o anterior, o documento é feito com papel de segurança e plástico inviolável, que dificultam a falsificação das informações sobre identificação profissional e qualificação.

Fonte: G1.com