13 de abr. de 2011

Cresce o número de trabalhadores do exterior nas empresas de Santa Catarina

Especialistas em recursos humanos sempre batem na tecla de que ter um segundo idioma pode facilitar na hora de conseguir um bom emprego. E não pense que esta habilidade só vai ser cobrada durante uma viagem de negócios ou em uma reunião com alguém da unidade em outro país.

O número de estrangeiros trabalhando por aqui está aumentando. Foram 5,2% das carteiras de trabalho emitidas em Santa Catarina em 2010, e com isso, as chances de seu novo colega de trabalho não falar português também estão crescendo. Nos três primeiros meses do ano, 277 das cerca de 5,7 mil carteiras de trabalho emitidas no Estado foram para estrangeiros.

A proporção de estrangeiros atuando em território catarinense está ganhando peso desde 2008, quando 3% das carteiras emitidas foram para eles. Em 2009, 4,5% dos documentos estavam nas mãos dos estrangeiros e em 2010, 5,2%.

Dados do Ministério do Trabalho, mostram que a tendência é nacional. No ano passado, 56 mil estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil – 95% deles em caráter temporário, com permanência de até dois anos no País.

É o caso do eslovaco Peter Janecko, que trabalha como líder de projetos na Embraco. Ele diz estar aprendendo muito com os brasileiros e que deve voltar ao seu país em meados de 2012. 

— Setores como a construção civil trazem trabalhadores de fora por perceber falta de mão de obra especializada no Brasil. Também sentimos falta de gente qualificada e chegamos a levar nove meses para preencher vagas de especialistas ou gerentes. Mas nossa situação é diferente. Trazemos profissionais para que se desenvolvam aqui e depois retornem para seus países como líderes —, explica o gestor corporativo de pessoas da empresa, Carlos Lienstadt.

Estrangeiros presentes em todos os níveis

O italiano Danilo Borello já trabalhou na Índia e atualmente trabalha em Joinville como trainee. O profissional é um exemplo de que o perfil do estrangeiro que trabalha no Brasil está mudando, passando não apenas a ocupar os principais cargos. 

— Estou há cinco semanas e devo ficar mais um ano. Estou aprendendo muito aqui. Além de trabalhar estou cursando um MBA em sustentabilidade —, explica Borello.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, grande parte dos pedidos de visto são para engenheiros e técnicos. Ingleses e americanos costumam ocupar cargos no setor de petróleo, enquanto os latinos, como espanhóis e argentinos, trabalham mais na construção civil.

— Os brasileiros que estão entrando no mercado de trabalho precisam ir em busca de experiências internacionais, pois esta é uma exigência cada vez mais comum —, aconselha o gestor corporativo de pessoas da Embraco, Carlos Lienstadt.

Fonte: Diário Catarinense


Fonte: www.dpempresarial.com.br