25 de ago. de 2014

SC é 2º maior empregador em setor de plásticos

Santa Catarina é o segundo maior empregador do setor de transformados plásticos, atrás apenas de São Paulo. De acordo com dados do Perfil 2013, balanço anual da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), o estado emprega 39.467 funcionários, com 11% de participação no total geral do país. As 962 empresas instaladas na região representam 8,2% no ranking nacional, ocupando a quarta posição.

A região Sul concentra 27,6% das 11.670 empresas transformadoras de plástico brasileiras. São 3.226 empresas, que empregam mais de 96 mil pessoas, quase 5% do total de postos de trabalho da indústria de transformação na região.

Com 358 mil empregos gerados em 2013, o setor de transformados plásticos é o terceiro maior empregador da indústria de transformação, atrás apenas de confecção de vestuário e acessórios e abate e fabricação de carnes.

Os trabalhadores do setor também estão entre os mais qualificados: 58,9% têm ensino médio ou superior completo. O setor figura na quinta posição entre os de maior número de profissionais graduados na indústria de transformação.

Na distribuição por porte, as microempresas correspondem a 70% do total. Em seguida estão as pequenas (23%), médias (6%) e grandes (1%). A versatilidade do material plástico faz com que permeie toda a matriz industrial. Os segmentos de construção civil e alimentos e bebidas aparecem no topo do ranking, com 16% de participação cada um. Logo em seguida estão indústria automotiva (15%), borracha e plástico (8%) e papel, celulose e impressão (6%).

1º semestre de 2014

O setor de transformados plásticos registrou retração de 1,9% na produção física no primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume fabricado foi de 3,08 milhões de toneladas contra 3,14 milhões nos seis primeiros meses de 2013.

“Esse resultado se deve à retração ocorrida nos três segmentos da indústria de transformados plásticos”, destaca o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho.

“Tal retração está em linha com o baixo desempenho da produção da indústria da transformação brasileira no primeiro semestre do ano, que recuou 3,4% frente ao mesmo período de 2013. Dos 26 setores que compõem a indústria de transformação, 18 apresentaram queda, o que se significa menor demanda por produtos transformados plásticos, principalmente para área automotiva, embalagens para alguns tipos de produtos químicos e peças e acessórios que servem como insumo para indústria da construção civil”, explica.

Os dados apurados pela Abiplast apontam que houve queda de 4,4% na produção de laminados, 1,5% na produção de embalagens e 0,5% na produção de peças e acessórios plásticos para construção civil.

No primeiro semestre de 2014, o setor registra 360,4 mil empregos, número muito próximo do montante apurado no semestre anterior, de 360,55 mil (-0,04%). “Tanto a indústria de transformados plásticos, quanto a indústria de transformação brasileira pararam de gerar empregos a partir de abril e já apresentam saldo negativo entre admissões e desligamentos pelo terceiro mês consecutivo”, aponta Roriz.

Comércio exterior

As exportações também registraram queda no período. Nos seis primeiros meses de 2014, foram embarcadas ao exterior 111 mil toneladas de produtos transformados plásticos, um volume 7,6% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. O valor das exportações foi de US$ 629 milhões, com redução de 6,1%, mesmo com o preço médio subindo 1,4%.

Já as importações tiveram alta de 5,4% em peso e 3,2% em valor. Foram compradas 375 mil toneladas, a um valor de US$ 1,9 bilhão. O preço médio das compras externas caíram 2,08% neste semestre em comparação ao anterior.

Com isso, o déficit da balança comercial aumentou 8,4% no primeiro semestre de 2014, atingindo US$ 1,3 bilhão. Este resultado configura-se um novo recorde, que no acumulado do ano pode atingir US$ 2,6 bilhões.

Fonte: Noticenter.