23 de jan. de 2014

Blumenau registra aumento na oferta de vagas de emprego em 2013

A criação de empregos em Blumenau quase dobrou de 2012 para 2013. É o que informam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgados nesta semana. Foram feitas 84.586 contratações e 81.911 demissões durante o ano passado, o que gerou um saldo de 2.675 novas vagas. Elas representam quase o dobro de vagas que foram geradas em 2012, que terminou com saldo de 1.544 novos postos de trabalho. 

Para os especialistas, este índice deve se repetir em 2014 e o setor de serviços, que registrou o maior número de vagas criadas, pode continuar sendo o protagonista durante mais algum tempo.

O economista do Instituto Furb Nazareno Schmoeler afirma que o aumento no número de vagas em 2013 em relação ao ano anterior mostra uma recuperação do mercado como um todo e que os números ainda devem manter a alta durante 2014:

- Em 2013 a atividade econômica se expandiu e a partir do segundo semestre se recuperou, retomando o ritmo de crescimento que tinha antes, como lá em 2011. Neste ano o setor de serviços deve continuar crescendo e a expectativa é de que a indústria também possa se recuperar um pouco, já que a mudança de câmbio favorece a indústria de Blumenau. 

Schmoeler explica que com o dólar mais alto fica mais caro para as indústrias produzirem fora do país, o que faz com que elas voltem a produzir internamente e a comprar matéria-prima de fornecedores nacionais, o que aquece o mercado brasileiro e gera demanda para o comércio e mais vagas de emprego. 

Porém, a plena recuperação está mais distante. O economista Cláudio Formagi afirma que o crescimento das vagas de empregos está diretamente ligado ao investimento do governo em infraestrutura:

- A visão é um pouco pessimista para 2014, apesar de ter a Copa e as eleições, a perspectiva de início de ano mostra que o governo vai ter que se esforçar para equilibrar a economia porque se analisarmos de 2010 para cá não houve crescimento, mas estagnação. E é 2015 que nos preocupa, porque temos muitos problemas para movimentar o crescimento, nas rodovias e nos aeroportos, que não comportam esse fluxo. É preciso resolver os problemas de infraestrutura, que são o grande calcanhar de Aquiles do governo.

fonte: Jornal de SC