23 de fev. de 2012

Cursos. Mais de 4 mil oportunidades

Capacitação de graça é uma forma de sanar falta de mão de obra qualificada na região do Vale.

BLUMENAU - Aprimoramento profissional não custa caro. O Santa garimpou cursos gratuitos, profissionalizantes, técnicos e de Ensino Médio profissionalizante e encontrou um total de 4.253 vagas abertas em Blumenau gratuitamente. As aulas são em áreas variadas, desde culinária ou moda até tecnologia da informação.

Ao oferecer capacitação de graça, as entidades buscam sanar a demanda por mão de obra qualificada do Vale do Itajaí, motivada pelo bom momento da economia. O presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Ronaldo Baumgarten, analisa que Blumenau vive um momento econômico ímpar, com necessidade de trabalhadores.

O Ministério do Trabalho e Emprego aponta que 2011 fechou com a criação de 3,5 mil novas vagas de emprego na cidade. A alta foi impulsionada pelos setores de serviço e comércio.

O economista e pesquisador do Instituto Furb, Nazareno Schmoeller avalia que em 2012 o o clima favorável da economia deve continuar principalmente porque o país vive uma época de muitos investimentos devido a Copa do Mundo.

– Os setores, como serviços e comércio, são os que apontam maior crescimento. A indústria também pode gerar crescimento com auxílio da taxa de câmbio– avalia o economista.

Variedade de cursos mostra demanda do mercado de trabalho

A entidade com mais vagas é o Senai que, entre cursos técnicos e profissionalizantes, oferece 2.135 vagas para cursos de pintor, desenhista, pedreiro, informática e vestuário, por exemplo. A Blusoft oferece 250 vagas de treinamento em tecnologia da informação para pessoas entre 16 e 25 anos com renda abaixo de quatro salários. O vice-presidente da entidade, Sérgio Tomio, explica que desde 2006 a parceira com governo municipal e estadual visa oferecer mão de obra ao mercado. O curso tem apoio de 20 empresas de tecnologia da informação de Blumenau. Depois de finalizado o treinamento, conforme o surgimento de vagas, os alunos são chamados para o trabalho.

– Somos um polo e precisamos oferecer trabalhadores para o mercado. Hoje a demanda é muito maior do que a oferta de mão de obra no ramo da tecnologia da informação – explica Tomio.

Baumgarten vê nos cursos gratuitos uma alternativa para sanar com a demanda das empresas por trabalhadores.

– As pessoas qualificadas são as mais procuradas no mercado de trabalho. Cada um precisa buscar aprimoramento, assim será ainda mais valorizado– afirma.

Fonte: Jornal de Santa Catarina
:: 21/02/2012 :: Raquel Vieira