Cerca de 40% das empresas, parte expressiva, adotam a terceirização como estratégia de negócios.
Mas depende de cada realidade.
O que é melhor: ter seus próprios equipamentos ou cuidar da operação e deixar materiais e veículos por conta de outra empresa? Não é uma questão tão exata. Há pequenas empresas que preferem ter seus próprios bens e pessoal e, pessoal feitas as contas, estão, no lucro. Há empresas enormes com recursos e estrutura, que optam por usar frota e manutenção de outros. Terceirização é uma operação a ser olhada caso a caso.
Entrevistas da pesquisa Ibope-Iman apontam que 56% das empresas ainda concentram suas atividades logísticas internamente e 44% adoram a terceirização como estratégia.
Destas, quase 30% deixam de 6% a 10% de suas atividades logísticas nas mãos dos operadores. "Os resultados mostram que a terceirização já está disseminada como estratégia que continuará a ser adotada pelas organizações na medida das suas necessidades", comenta Reinaldo Moura, diretor da feira Movimat.
Quase todos que terceirizam contratam serviços de outros centros de distribuição e galpões, de acondicionamento, software, veículos industriais.
Também alugam estrutura de estocagem, scanners, coletores, etiquetas eletrônicas, manutenção, operadores e automação.
"As empresas que optam por terceirizar transforam o custo fixo em variável", comenta Renato Vaz, direto de uma grande empresa de leasing e locação.
Na defesa de seu negócio, Vaz afirma que, além de economizar dinheiro, a empresa não demandará mais tempo para a gestão dos veículos, principalmente manutenção e administração. Com isso ganham mais tempo para focar em seu core business, o que pode gerar mais rentabilidade.
Há vantagens e desvantagens na terceirização. Como vantagens estão a redução dos custos pelo aproveitamento da escala e do know-how do prestador de serviços, o controle simplificado de custos e, acima de disso, a concentração da empesa de logística em suas competências principais, o que pode resultar em aumento da qualidade do serviço a seus clientes.
Há motivos, porém, para não terceirizar. O Portal da Logística diz, por exemplo, que a empresa precisa estar preparada. Ou seja, o processo não deve ser iniciado sem que os responsáveis estejam realmente prontos para mudança: necessidade da parceria, domínio das operações, transferência e compartilhamento da atividade, consciência das eventuais dificuldades, como transição e monitoramento.
Fonte: Revista Exame - 10/08/2011 - Edição 997
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